terça-feira, 9 de agosto de 2011

Crianças vão a Las Vegas para aprender sobre cibersegurança

Na conferência Defcon, em Las Vegas, na semana passada, crianças e jovens de 8 a 16 anos foram apresentadas ao mundo dos hackers. Alguns podem temer criar uma nova geração de membros do Anonymous e do LulzSec, mas mentes jovens podem expandir os horizontes da tecnologia e segurança na computação para efetivamente combater grupos de crackers.

A jornada dos garotos e garotas durou dois diras, e os participantes assistiram a apresentação e palestras de especialistas em segurança, incluindo funcionários do Departamento de Segurança Nacional e da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Os jovens foram encorajados a pensar fora dos padrões e conseguir identificar falhas de segurança em plataformas de computadores e vídeo-games que usam no dia a dia.

Cerca de 60 crianças participaram do primeiro curso para elas na conferência anual de cibersegurança. Os jovens não foram sozinhos para aprender sobre o lado obscuro de Las Vegas, estavam acompanhados de pais ou responsáveis.

Verdade seja dita, crianças são “hackers” naturais. Elas têm um sentido de questionamento e curiosidade inatos que somem com o envelhecimento, na maioria dos casos. Se você já jogou “verdade ou desafio?” com uma criança de 4 anos, sabe que a curiosidade é ilimitada. Em muitos casos, ser mais “maduro” é apenas outro nome para ser mais cansado e simplesmente aceitar as coisas pelo valor nominal em vez de usarmos a tenacidade para encontrar respostas mais profundas.

Hackers - e hackeamento - não são inerentemente ruins. Na verdade, para os puristas, a prática é benigna e perfeitamente aceitável, mas o termo foi levado para lado negro da Força.

Embora a maior parte das pessoas esteja usando a tecnologia da maneira prescrita, os hackers pensam no que ela pode fazer, em vez de para o que foi projetada. Hackers não param no que um aparelho ou programa faz, eles escavam a superfície para entender por que e como. Eles usam métodos não muito ortodoxos para isso e pensam fora dos padrões.

Hackers maliciosos (ou crackers) usam suas habilidades para contornar o design de produtos ou programas e expõem brechas de segurança. Invadem redes privadas e governamentais e comprometem dados importantes. Crackers interceptam nomes de usuário e senhas, roubam identidades e roubam contas bancárias. Eles dão a má fama ao hackeamento.

Há o outro lado do hackeamento. Em um esquema “ladrão que rouba de ladrão”., precisamos de pessoas com as mesmas habilidades, e os mesmos sentidos de questionamento e curiosidade – mas com melhor ética e verdadeira moral. Precisamos de hackers que possam achar as mesmas falhas, mas que protejam os sistemas, ao invés de explorar brechas de segurança e comprometer dados.

Um pesquisador da empresa de segurança ESET, Cameron Camp, disse que “hackers jovens precisam estar convencidos de que existem recompensas sem passar para o “lado negro” – que existem carreiras para os bons moços”. “Para esse fim, vemos esforços do Google e do Facebook em oferecer recompensas para incentivar hackers a encontrar e reportar bugs, sem explorá-los”.

Fonte: IDGNow

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